Actividade Internacional da AIIE: A sua empresa já exporta? Se não, está preparada?

O presente artigo foi escrito por Joaquim Gomes, enquanto Diretor comercial de uma grande empresa que atualmente exporta para todos os continentes para mais de 60 paises e com mais de 400 clientes. Tire as suas dúvidas sobre exportação com quem sabe.

A decisão de exportar deve ser resultado de uma reflexão interna, onde o crescimento da empresa passará por definir estratégias de venda no mercado externo.

Exportar, num sentido muito básico, implica ter conhecimento de algumas variáveis fulcrais:

  • Conhecer os produtos mais importantes no consumo internacional, cruzando com as potencialidades da nossa empresa, de modo a focar a oferta.
  • Podemos enfrentar a concorrência nos países selecionados?
  • Temos capacidade de resposta para alimentar a procura?
  • Está a empresa preparada com os recursos humanos e financeiros, com a logística e capacidade de entrega?
  • Quanto queremos orçamentar para este investimento?

Quando o produto está identificado, o foco no mercado/país é de extrema importância tendo por base a análise previamente feita.

Após definir um mercado e recolher os seus dados e informação, é importante definir o posicionamento que se pretende ter de forma a evitar ao máximo avanços e recuos no processo.

Todas estas questões, têm de estar refletidas num plano de internacionalização que, no mínimo, deve conter um plano de acção, objectivos, prazos, responsabilidades e orçamento.

Com o plano finalizado, o passo seguinte é colocar em prática.

Para fomentar o aumento de exportações:

Um objectivo transversal a todas as empresas é que se venda de forma regular e crescente. Se já vende para o exterior e pretende aumentar o seu volume de negócios, deve:

  • Analisar as medidas estratégicas da empresa.
  • Ter presente que o mercado externo apresenta grandes oportunidades de crescimento, mas ter também em conta que a dinâmica de inovação e concorrência são factores que estão em constante mutação.
  • Analisar os resultados da empresa, cruzando mercados, produtos e rentabilidade, de modo a identificar produtos estrela e elasticidades de preços.
  • Analisar permanentemente as oportunidades de novos mercados de maior potencialidade.
  • Conhecer os principais players em cada zona geográfica, de modo a cruzar com as suas vendas e rentabilidades.

Para consolidar a sua presença internacional.

 A consolidação internacional pode-se entender por várias vias:

  • Vendas regulares e sustentadas.
  • Participação em feiras locais.
  • Medidas de promoção da marca.
  • Presença local a controlar canais de distribuição e/ou consumo.
  • Fortalecimento de alianças com empresas locais.

PROGRAMA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO

  • Ajudamos na promoção dos seus produtos e serviços
  • Facilitamos informação de mercados, potencialidades e concorrência.
  • Ajudamos a consolidar mercados.
Escrito por Joaquim Gomes​, membro do conselho consultivo da AIIE

Entrevista AIIE à Revista Pontos de Vista

A AIIE – Associação Internacionalização e Inteligência Económica celebrou este ano o seu 5º aniversário. Cinco anos que embora sejam curtos prosperam uma alargada vontade de crescer. Quem o garante é Beatriz Dias, Analista de Mercados Internacionais da AIIE. Assumimos o papel de promover o país, favorecendo a sua imagem e contribuindo para o desenvolvimento de boas práticas. Como resultado, iremos sempre encarar como algo positivo fazer parte da criação de empresas saudáveis, com capacidade de crescimento e de gerar empregos no país.

Uma edição especial que conta com a apresentação do Conselho Consultivo AIIE composto por profissionais que acreditamos ser um ativo muito importante e com o perfil indicado para ajudar os nossos associados a ultrapassar este momento.

Clique aqui para ver a entrevista completa na íntegra. 

Projeto Gpellets- Gestão Tecnologia e Serviços, no âmbito do programa Formação-Ação (temática Organização e Gestão).

No âmbito do programa Formação-Ação (temática Organização e Gestão), João Palha foi consultor  do projeto Gpellets.

Felizmente nesta fase que atravessamos nem tudo parou, nem tudo ficou suspenso. Sectores como a Logística, mantiveram a sua atividade e viram as suas operações serem colocadas á prova, estando perante desafios que até então não eram previsíveis.

Este sector, na minha opinião com uma grande capacidade de adaptação ás diversas realidades, habituado a preparar e a reagir a sazonalidades previstas ou imprevistas, conseguiu adaptar-se e dar a resposta á altura das exigências. Aproveitou o momento para identificar pontos de melhoria, pontos de adaptação a novas necessidades, desenvolver áreas e capacidades e tudo isto, numa lógica “On Job”, fazendo e fazendo acontecer, planeando, implementando, executando, medindo e seguindo os objetivos a que se proponham e que o mercado exigia.

O que motivou este processo, não foi a pandemia, mas a Visão da empresa de que era possível fazer diferente e melhor, que existia a possibilidade de se preparem para outras “aventuras” e assim acompanharem as exigências do mercado, reforçarem a sua capacidade de resposta aos seus clientes e dotarem os seus processos de uma maior fiabilidade e robustez, dotando a sua equipa de ferramentas que lhes permitam um maior e melhor nível de resposta.

O diagnóstico

No processo de diagnóstico, o levantamento (em sala e no terreno) realizado, permitiu identificar a importância da intervenção por um lado ao nível de infraestruturas e por outro ao nível de processos e procedimentos, formação nos mesmos, complementando com formação de caracter obrigatório.

Ao nível de instalações, identificou-se a necessidade de desenvolver um trabalho que visava, por um lado criar circuitos que não permitissem de forma alguma o cruzamento de matéria prima com matéria acabada, definir espaços e zonas especificas de matérias primas para cada uma das linhas de produção e por outro melhorar / criar zonas de circulação e armazenagem que permitissem um aumento da produtividade e eficiência dos processos e em simultâneo garantissem a segurança de quem ali trabalhava.

Ao nível da formação, entendeu-se que na fase de implementação de um procedimento novo ou adaptado, seria importante dar suporte formativo em duas vertentes:

em sala, onde abordaríamos o processo e os vários procedimentos inerentes, o que mudaria, porquê e qual o objetivo. Nesse momento também deveríamos aproveitar para “escutar” a operação, as suas dúvidas, ultrapassar o “porquê mudar, se sempre se fez assim” e criar desta forma as bases para a implementação de novas práticas no terreno.

– “On job”, onde após a formação em sala, iriamos dar suporte à implementação do procedimento juntamente com o colaborador. Seria uma fase importante do processo, já que seria passar da teoria à prática, momento onde é preciso lidar com as variáveis e imprevistos de cada momento.

Passado o diagnóstico e definido com o cliente o cronograma de atividades, passamos à fase de implementação e execução.

Cada armazém “ganhou” a sua identificação, cada linha de produção o seu número e cada localização / espaço passou a ter uma identificação, ainda que nesta fase provisória dadas as alterações que iriamos implementar, mas fazendo parte de um processo formativo, em que os colaboradores deviam de adquirir práticas e procedimentos.

Assim, lançamos 2 frentes de trabalho:

Em sala:

– Formação (módulos previamente preparados) – que preparava a equipa para o que seria o tema a abordar nos dias

seguintes e depois numa lógica de afinação dos temas abordados com algumas adaptações

– Desenhos de layouts dos 3 armazéns

– Produção de informação e comunicação

– Adaptação de documentos, respondendo aos novos procedimentos, a uma adaptação de comunicação

– produção de suporte para criação de seguimentos operacionais.

No terreno:

com tarefas muitos precisas em paralelo com a atividade normal do cliente;

Aqui era reforçado junto dos elementos envolvidos nas tarefas daquele momento / dia, qual seria a intervenção, como e de que forma iriamos fazer deixando sempre claro qual o objetivo a que nos propúnhamos

– Participação do consultor nas tarefas e execução de funções a titulo demonstrativo e explicativo

– Levantamento no terreno de necessidades e possibilidades para passar à fase seguinte

– Facilitando a comunicação entre área administrativa, operacional e de gestão,

– Fazendo a ligação entre as várias fases

– Mantendo uma atitude de criação de novas rotinas

– Identificando oportunidades

O que existia antes: Zonas de linha de produção ocupadas, material dificultando acessos, zonas de circulação ocupadas com produto e equipamento.

A transferência de stocks permitiu criar no local as condições necessárias para que a operação fosse mais produtiva, minimizasse a possibilidade de erros e aumentasse a segurança do espaço

  • Aumento da eficácia dos processos
  • Aumento da segurança de pessoas e instalações
  • Aumento qualitativo da operação, limpeza, manutenção, circulação e inventários

Alterações:

Em qualquer um dos ARMAZÉNS, as alterações aos layouts, tiveram em conta a criação de circuitos estipulando:

– Zonas de stocks específicos,

– Análises ABC

– Zonas de receção

– Zonas de expedição

– Zona para carregamento de baterias / parqueamento de máquinas

– Zona de paletes vazias

– Zona de resíduos

– Plano de limpezas

Formação

Neste campo a intervenção, passou por várias fases e sempre em paralelo e consonância com os processos levados a cabo no terreno e a cada momento.

Receção de materiais

Sistemas de Informação, WMS, TMS

Reaprovisionamento de stocks entre armazéns

Preparação de encomendas

Inventário e Rastreabilidade

Expedição e distribuição

Movimentação de cargas em segurança

HACCP e SST

 Tendo o processo de Receção de Materiais como exemplo, para além de uma abordagem e formação em Boas práticas, normas e conceitos, existiu a preocupação de criar mecanismos que permitissem uma mudança de comportamentos, nomeadamente:

– Constituição do elemento responsável pela conferencia física do material – Especialização

– Introdução de modelo de informação que permitiu a comunicação atempada das quantidades a receber

e quando, evitando assim a surpresa da chegada de um camião, fazendo com que houvesse uma ação reativa – Planeamento

– Introdução de etiqueta identificadora de palete – onde constam todos os dados possíveis para rastrear a mesma – Rastreabilidade

– A importância de uma receção executada de A a Z, ou seja, desde a chegada da viatura, tratamento de informação, descarga e conferencia no acto, entrega e assinatura de documentação.

– A importância de garantir que uma receção física corresponde sempre a uma receção administrativa e que mesma deve ser feito no menor espaço de tempo, ou seja, as 2 realidades devem de estar sempre interligadas e atualizadas – Inventário

-Definição de regras a trabalhar junto dos fornecedores e de regras de encomendas – como e quando fazer 

Conclusão:

Para cada processo, foram abordadas em sala, normas, boas práticas, introdução de novos comportamentos e rotinas, com recurso a exemplos da empresa, ao que estava a ser feito ou que seria o objetivo no futuro, existindo desta forma um alinhar entre a consultoria e a formação.

Todo este processo, teve por principio uma lógica de melhoria operacional, através da identificação de pontos de intervenção e de possível melhoria, introdução de mecanismos e alterações no terreno que permitiram dotar os processos de robustez e maior fiabilidade.

Escrito por João Palha​, consultor do projeto e membro do conselho consultivo da AIIE

Conselho Consultivo

Conselho Consultivo

Após 5 anos de existência, decidimos constituir e, apresentar, formalmente o nosso Conselho Consultivo composto por profissionais que acreditamos ser um ativo muito importante e com o perfil indicado para ajudar os nossos associados a ultrapassar este momento.
O objetivo base deste CC é garantir às empresas um acompanhamento especializado de profissionais com experiências distintas que vão permitir um acompanhamento multidisciplinar. As áreas de intervenção dos nossos Conselheiros que vão desde o direito e logística até à gestão de grandes empresas com historial de êxito na entrada em vários mercados, vão agora ser uma peça chave nos nossos serviços.

António Cabral Leitão, Food Concept Developer na CL Consulting

O produto, o mercado, a sua implementação fabril e respectivos “savings” operacionais, as redes comerciais corretas, a inovação como factor distintivo.

A MAIS VALIA DA MINHA  EXPERIÊNCIA no CC da AIIE.

Um conselheiro amigo, um expert em inovação e comunicação, um comunicador nato, uma capacidade apurada em ler os mercados e ver as suas reais oportunidades, um motivador.

Qual é a sua área de atuação?

“Food Concept Developer”. Mais de 25 anos de experiência no sector Alimentar. Fundador da PRIMUS empresa premiada com o SABOR do ANO, PRODUTO do ANO e 5 ESTRELAS

Antes como Brand Marketing Manager numa empresa multinacional Belga presente em mais de 90 países, e ainda como Produtc Manager de um prestigiado grupo nacional a SNS – Sociedade Nacional de Sabões – na área dos óleos e margarinas.

Uma experiência industrial rica e diversificada, ainda na Indústria das Tintas, (Dyrup) e da Indústria Química (Quimigal), com um mestrado em “Production Engeenering” pelo LNETI, a permitir-me ter uma boa análise entre a concepção de um produto e a sua implantação fabril. (correta viabilidade).

A minha experiência pode ser potenciada nos vossos 2 serviços de consultoria, MARKETING & COMUNICAÇÃO e COMERCIAL. 

Joaquim Gomes, Diretor Comercial Normax

Aliada a esta função executiva, junto a visão e experiência do que é estar à frente dos destinos de uma média empresa, fabricante, como elemento de uma equipa de gestão que comanda e orienta uma empresa para o futuro.

E esta é uma particularidade muitas vezes esquecida: Não existem ventos favoráveis para quem não sabe para onde vai.

Em gestão não existem fórmulas mágicas, existem sim compromissos, pessoas comprometidas e uma mentalidade de assunção de risco.

Qual é a sua área de atuação?

30 anos de experiência enquanto Diretor Comercial da NORMAX, focado no desenvolvimento dos mercados externos, gestão de equipas de vendas, planeamento e implementação de estratégias internacionais.

Ao assumir o foco no mercado externo, tínhamos uma empresa que vendia para 4 países,  actualmente estamos  em todos os continentes, com mais de 60 países e mais de 400 clientes.

O resultado de um trabalho em equipa, com planos de viagens anuais e feiras selecionadas, com uma comunicação forte, na promoção da marca e nos factores diferenciadores da empresa.

Tendo como estudos base, o curso de gestão de empresas e uma pós-graduação em Estratégias de Exportação, e uma experiência acumulada no contacto directo com diferentes culturas, organizações e filosofias de negociação tão distintas, permite-me estar numa posição privilegiada para apoiar, direcionar e colaborar com empresas que estejam em diferentes fases de exportação ou de internacionalização.

João Palha

De que forma que a sua experiência poderá ser uma mais valia no aconselhamento aos associados AIIE?

Os associados da AIIE, podem encontrar na minha experiência profissional, resposta às questões que tenham sobre logística, passando pelo apoio no “redesenhar de operações, identificação de necessidades formativas, sugestão de WMS que potenciam a capacidade de resposta e cumprem com as actuais exigências do mercado, à procura de um local mais adaptado às suas necessidades, até ao levantamento de dados e desenho de processos inerentes a uma operação logística /gestão de armazém.

Tendo contactado com inúmeras realidades ao longo da minha carreira, principalmente no sector alimentar e de temperatura controlada, considero que esta experiência poderá ajudar os associados da AIIE ligados a este sector.

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Qual é a sua área de atuação?

Consultor e formador com 25 anos de experiência no setor da logística alimentar com destaque para intervenções ao nível organizacional.

Fazendo um caminho evolutivo, passei pela gestão de um único cliente, ou melhor, gestão da operação logística de e para um único cliente até á gestão de plataformas logísticas, multicliente, multi-temperatura e multi-serviço, desde o serviço puro e simples de transporte, ao cross docking à gestão de stocks ou centrais de compras. A gestão e liderança de pessoas, equipas e processos, fizeram parte do meu dia a dia, assim como, o relacionamento comercial e ou institucional.
Esta evolução profissional, no seio de empresas de dimensão multinacional, permitiu
aprender, desenvolver e adaptar soluções direcionadas ao cliente e mercado
português.

Outra vertente da minha carreira, passa pela formação de equipas e colaboradores, em processos, comportamentos e boas práticas, assim como, processos de consultoria em Logística, complementando com uma função de Real Estate Advisor para o sector de Logística e industria.

Jorge Veríssimo

Qual é a sua área de atuação?

Advogado e consultor com 40 anos de experiência na assistência jurídica a diversas empresas nacionais e estrangeiras nomeadamente na área da distribuição e em investimentos que algumas delas fizeram em Portugal, tanto adquirindo posições no capital de outras sociedades como no ramo imobiliário.

Estou, assim, disponível para prestar aconselhamento jurídico aos associados da AIIE, com recurso à minha rede de contactos internacionais quando o entenderem necessário.